São Paulo: 3 dias - parte II
Dia I
Antes de tudo,
vale lembrar que a viagem foi surpresa. Um presente de aniversário para ser
compartilhado com a família que formei. Eu, meu marido e minha filhota. Então,
já sabíamos que os passeios seriam muito limitados ao ritmo de nossa garota que
só tem 5 anos e perninhas que, enquanto as nossas dão 1 passo, as dela dão 3!
Cansa, né? Cada degrau de escada é quase metade das perninhas dela, e não
podemos nos esquecer disso.
Sem muito
planejamento, pelo menos para mim, não houve tanto dinheiro quanto gostaria.
Portanto, como da primeira vez, compras limitadas. Mas, afinal, foram só três
dias e precisávamos aproveitar o máximo que conseguíssemos.
Bom, numa cidade
que, em comparação com Brasília é como a Via-Láctea e a Terra, tão pouco tempo
é judiação!
Já sabíamos –
Paulo já sabia, claro – que íamos com Sofia ao Aquário Municipal de São Paulo e
onde estaríamos hospedados, no Mercure Avenida Paulista. Com orientações de um
dos melhores amigos dele, que também tem filha pequena – também já tínhamos
algumas referências.
Como somos
colecionadores dos pratos da Associação da Boa Lembrança, também já havia sido
definido um restaurante associado para trazermos o nosso prato para ficar
juntinhos da nossa parede da coleção que, esperamos, cresça bastante nos
próximos anos.
1º DIA – 10/8/2016 (meio dia de experiências)
Desembarcamos em São Paulo no aeroporto de
Congonhas – gosto não, mas, né? – e levamos cerca de 20 minutinhos para chegar.
Como transporte oficial da nossa estadia, elegemos o Uber X, já legalizado pela
Prefeitura de São Paulo. Ao custo, na chegada, de R$ 31,71, isso porque o
motorista demorou para achar a rua do hotel. Chegamos por volta de 12h30,
exatamente na hora do check-in, deixamos nossa bagagem no amplo quarto e fomos
direto para o Bairro da Liberdade.
Temos, aliás, de elogiar o atendimento do hotel. Na
verdade, achamos os paulistanos tão educados e gentis que chega a ser
constrangedor!!! No bom sentido, é claro.
Paulo, como bom viciado em comida chinesa, logo quis almoçar em um
legítimo restaurante chinês. Fomos deixados pelo Uber X pelo valor de R$ 13,53
em uma rua que vai dar na Praça da Liberdade, mas, bem abaixo. Perguntamos na
rua e indicaram um restaurante logo acima de onde estávamos e entramos. O nome
do estabelecimento é Ganam Chinese Style Foods, na Rua Barão do Iguape, 93.
Estava com portas fechadas, uma pessoa partindo folhas que nos pareciam folhas
de couve. Entramos e perguntamos se estava aberto e nos sentamos. Beleza... Não
me pareceu muito limpinho, assim, com coisas que já estavam carecendo de uma
pintura, troca, etc.
Para nossa surpresa, porém, ninguém falava
português fluente! E foi uma festa para nós: Muita indicação no cardápio para
uma alegre e gentil senhora chinesa que nada falava em nosso idioma. Uma outra,
que parecia ser, de fato, uma das proprietárias, com seu lindo bebê em um
canguru, falava um pouquinho e dava poucas orientações para a que nos atendia.
Foi quando disse ao marido que, agora sim, ele provaria a autêntica
comida chinesa. De cara já nos serviram chá. Uma espécie de chá preto bem
fraquinho – para mim bem saboroso – que só eu tomei porque o consorte não gosta
de chá. Depois, também como cortesia da casa, uma sopa de carne, com abóbora
verde, gengibre e osso de costela. Um consomê, saboroso, mas diferente das
sopas e caldos que costumamos tomar aqui no Brasil. De sabores sutis, com
aparência agradável, pouquíssimo sal. O gengibre muito gentil.
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A cara de felicidade da pessoa diante do que ele chama de melhor arroz colorido que já comeu na vida!!! |
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O banquete chinês: para deixar todos os outros no chinelo!!! |
Pedimos o que Sofia mais gosta: frango agridoce e
arroz colorido. Para nós, camarão com molho de gengibre e ainda rolinhos
primavera. Confusão na certa essa história... Para os rolinhos, fizemos com a
mão o 2... Queríamos dois rolinhos. Vieram duas porções: 12 rolinhos!!! Rs!!! Eram
pequenos, é verdade, mas um exagero, claro. O molho que acompanhava os rolinhos
era dos deuses! Nunca provei nada igual... Docinho, azedinho e apimentadinho.
O frango, Jesus, era ma-ra-vi-lho-soooooo! Nada
parecido com os chinese fast foods da vida que conhecemos por aí. Levemente
picante, sem o característico abacaxi, pouca massa de empanar, com gergelim,
pimentões verdes, vermelho e cebola – apesar de marido nem filha gostarem -,
foi a sensação do dia!
O arroz também, outra agradável surpresa: colorido
de verdade! Com vagem, cenoura, ovos, cebolinha e um tipo de linguiça que não
identifiquei, bem temperadinho, e com pouquíssima gordura.
Ficamos apenas decepcionados com o camarão. A falta
de comunicação nos enganou. Pensamos que era descascado. Era com casca e cabeça,
salteado e totalmente sem sal. O molho, à parte, era uma delícia. Novamente, o
gengibre gentilmente sutil. Mas, bem gostoso. Só que para nós não deu bossa. Levamos
um tantão de comida de para o hotel, que acabou virando nosso jantar.
Andamos pela Liberdade por aquelas lojinhas cada
uma mais fofa que a outra até chegar na Praça da Liberdade, onde, enfim,
tomamos um táxi para o Brás, ao custo de R$ 17,30. Andamos bem pouquinho,
porque a pequena deu uma cochilada no carro e ficou enjoadinha. Estava cansada,
tadinha!
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Um oásis no meio da selva de pedra: Um pequeno jardim japonês no meio do caos urbano. |
Como já sabia que não poderia garimpar, fomos até o
Lojão do Brás. Enooooorme! Opções para toda a família e bolsos. Com roupas, e
artigos de cama, mesa e banho. Vale a pena dar uma conferida lá. Não tem erro.
Já chegando ao bairro, bem próximo à estação do metrô, está ele lá, enorme e imponente.
Compramos roupas para a pequena, já que a previsão era de que no outro dia
seria bem frio e ela estava totalmente desguarnecida. Brasília não faz tanto
frio, então, optamos por comprar um casaco coringa que servisse de sobretudo e
que durasse pelo menos uns dois anos. Ela tem só 5 anos, mas já veste tamanho 8
ou 10! Além do casaco, trouxemos 5 conjuntinhos. Optei por gastar menos de R$
40,00 por conjunto – ou peça, no caso do casaco – e, no total, gastamos R$.261,50.
Achei que valeu muito a pena! Acabou que cada peça ficou por R$ 23,77!!!
Dali, só passamos numas banquinhas ao lado da loja
para comprar luvinhas e já fomos em direção ao metrô. Na hora do rush. Com
criança... Uma imensidão de gente!!!
Não conhecíamos
nada da cidade, portanto fizemos bom uso do ditado “Quem tem boca vai a Roma”. “Meu,
tem várias opções. Vocês podem pegar o trem pralí, descer e ir pracolá, ou
pegar o trem tal e descer na estação não sei qual e descer não sei onde...” Não
entendemos nada. Depois, acabamos entendendo que tínhamos de subir as escadas e
tomar o trem para Tamanduateí e de lá, para a estação Brigadeiro, pertinho do
hotel. E foi o que fizemos. Para a primeira estação é que estava meio muvucado.
E nem eram 18h ainda! Mas, achamos lugar para sentar na preferencial que não estava
ocupado. Em Tamanduateí estava bem tranquilo. Descemos na Paulista meio
perdidos, mas logo conseguimos nos achar. A baldeação deu R$ 7,60, com
integração gratuita. Chegamos ao hotel, tomamos aquela ducha gostosíssima e
soninho gostoso para encarar a maratona do segundo dia.
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