segunda-feira, 15 de agosto de 2016

  São Paulo: 3 dias - parte II

Dia I    

Antes de tudo, vale lembrar que a viagem foi surpresa. Um presente de aniversário para ser compartilhado com a família que formei. Eu, meu marido e minha filhota. Então, já sabíamos que os passeios seriam muito limitados ao ritmo de nossa garota que só tem 5 anos e perninhas que, enquanto as nossas dão 1 passo, as dela dão 3! Cansa, né? Cada degrau de escada é quase metade das perninhas dela, e não podemos nos esquecer disso.
                Sem muito planejamento, pelo menos para mim, não houve tanto dinheiro quanto gostaria. Portanto, como da primeira vez, compras limitadas. Mas, afinal, foram só três dias e precisávamos aproveitar o máximo que conseguíssemos.
                Bom, numa cidade que, em comparação com Brasília é como a Via-Láctea e a Terra, tão pouco tempo é judiação!
                Já sabíamos – Paulo já sabia, claro – que íamos com Sofia ao Aquário Municipal de São Paulo e onde estaríamos hospedados, no Mercure Avenida Paulista. Com orientações de um dos melhores amigos dele, que também tem filha pequena – também já tínhamos algumas referências.
                Como somos colecionadores dos pratos da Associação da Boa Lembrança, também já havia sido definido um restaurante associado para trazermos o nosso prato para ficar juntinhos da nossa parede da coleção que, esperamos, cresça bastante nos próximos anos.

1º DIA – 10/8/2016 (meio dia de experiências)
Desembarcamos em São Paulo no aeroporto de Congonhas – gosto não, mas, né? – e levamos cerca de 20 minutinhos para chegar. Como transporte oficial da nossa estadia, elegemos o Uber X, já legalizado pela Prefeitura de São Paulo. Ao custo, na chegada, de R$ 31,71, isso porque o motorista demorou para achar a rua do hotel. Chegamos por volta de 12h30, exatamente na hora do check-in, deixamos nossa bagagem no amplo quarto e fomos direto para o Bairro da Liberdade.
Temos, aliás, de elogiar o atendimento do hotel. Na verdade, achamos os paulistanos tão educados e gentis que chega a ser constrangedor!!! No bom sentido, é claro.
Paulo, como bom viciado em comida chinesa, logo quis almoçar em um legítimo restaurante chinês. Fomos deixados pelo Uber X pelo valor de R$ 13,53 em uma rua que vai dar na Praça da Liberdade, mas, bem abaixo. Perguntamos na rua e indicaram um restaurante logo acima de onde estávamos e entramos. O nome do estabelecimento é Ganam Chinese Style Foods, na Rua Barão do Iguape, 93. Estava com portas fechadas, uma pessoa partindo folhas que nos pareciam folhas de couve. Entramos e perguntamos se estava aberto e nos sentamos. Beleza... Não me pareceu muito limpinho, assim, com coisas que já estavam carecendo de uma pintura, troca, etc.
Para nossa surpresa, porém, ninguém falava português fluente! E foi uma festa para nós: Muita indicação no cardápio para uma alegre e gentil senhora chinesa que nada falava em nosso idioma. Uma outra, que parecia ser, de fato, uma das proprietárias, com seu lindo bebê em um canguru, falava um pouquinho e dava poucas orientações para a que nos atendia.
Foi quando disse ao marido que, agora sim, ele provaria a autêntica comida chinesa. De cara já nos serviram chá. Uma espécie de chá preto bem fraquinho – para mim bem saboroso – que só eu tomei porque o consorte não gosta de chá. Depois, também como cortesia da casa, uma sopa de carne, com abóbora verde, gengibre e osso de costela. Um consomê, saboroso, mas diferente das sopas e caldos que costumamos tomar aqui no Brasil. De sabores sutis, com aparência agradável, pouquíssimo sal. O gengibre muito gentil.
A cara de felicidade da pessoa diante do que ele chama de melhor arroz colorido que já comeu na vida!!!

O banquete chinês: para deixar todos os outros no chinelo!!!
Pedimos o que Sofia mais gosta: frango agridoce e arroz colorido. Para nós, camarão com molho de gengibre e ainda rolinhos primavera. Confusão na certa essa história... Para os rolinhos, fizemos com a mão o 2... Queríamos dois rolinhos. Vieram duas porções: 12 rolinhos!!! Rs!!! Eram pequenos, é verdade, mas um exagero, claro. O molho que acompanhava os rolinhos era dos deuses! Nunca provei nada igual... Docinho, azedinho e apimentadinho.
O frango, Jesus, era ma-ra-vi-lho-soooooo! Nada parecido com os chinese fast foods da vida que conhecemos por aí. Levemente picante, sem o característico abacaxi, pouca massa de empanar, com gergelim, pimentões verdes, vermelho e cebola – apesar de marido nem filha gostarem -, foi a sensação do dia!
O arroz também, outra agradável surpresa: colorido de verdade! Com vagem, cenoura, ovos, cebolinha e um tipo de linguiça que não identifiquei, bem temperadinho, e com pouquíssima gordura.
Ficamos apenas decepcionados com o camarão. A falta de comunicação nos enganou. Pensamos que era descascado. Era com casca e cabeça, salteado e totalmente sem sal. O molho, à parte, era uma delícia. Novamente, o gengibre gentilmente sutil. Mas, bem gostoso. Só que para nós não deu bossa. Levamos um tantão de comida de para o hotel, que acabou virando nosso jantar.
Andamos pela Liberdade por aquelas lojinhas cada uma mais fofa que a outra até chegar na Praça da Liberdade, onde, enfim, tomamos um táxi para o Brás, ao custo de R$ 17,30. Andamos bem pouquinho, porque a pequena deu uma cochilada no carro e ficou enjoadinha. Estava cansada, tadinha!
Um oásis no meio da selva de pedra: Um pequeno jardim japonês no meio do caos urbano.
Como já sabia que não poderia garimpar, fomos até o Lojão do Brás. Enooooorme! Opções para toda a família e bolsos. Com roupas, e artigos de cama, mesa e banho. Vale a pena dar uma conferida lá. Não tem erro. Já chegando ao bairro, bem próximo à estação do metrô, está ele lá, enorme e imponente. Compramos roupas para a pequena, já que a previsão era de que no outro dia seria bem frio e ela estava totalmente desguarnecida. Brasília não faz tanto frio, então, optamos por comprar um casaco coringa que servisse de sobretudo e que durasse pelo menos uns dois anos. Ela tem só 5 anos, mas já veste tamanho 8 ou 10! Além do casaco, trouxemos 5 conjuntinhos. Optei por gastar menos de R$ 40,00 por conjunto – ou peça, no caso do casaco – e, no total, gastamos R$.261,50. Achei que valeu muito a pena! Acabou que cada peça ficou por R$ 23,77!!!
Dali, só passamos numas banquinhas ao lado da loja para comprar luvinhas e já fomos em direção ao metrô. Na hora do rush. Com criança... Uma imensidão de gente!!!
                Não conhecíamos nada da cidade, portanto fizemos bom uso do ditado “Quem tem boca vai a Roma”. “Meu, tem várias opções. Vocês podem pegar o trem pralí, descer e ir pracolá, ou pegar o trem tal e descer na estação não sei qual e descer não sei onde...” Não entendemos nada. Depois, acabamos entendendo que tínhamos de subir as escadas e tomar o trem para Tamanduateí e de lá, para a estação Brigadeiro, pertinho do hotel. E foi o que fizemos. Para a primeira estação é que estava meio muvucado. E nem eram 18h ainda! Mas, achamos lugar para sentar na preferencial que não estava ocupado. Em Tamanduateí estava bem tranquilo. Descemos na Paulista meio perdidos, mas logo conseguimos nos achar. A baldeação deu R$ 7,60, com integração gratuita. Chegamos ao hotel, tomamos aquela ducha gostosíssima e soninho gostoso para encarar a maratona do segundo dia.

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